Entrevista - GaiaBeta
- Grata surpresa conhecer a GAIABETA, através da sua atual gravadora no Brasil. Como tem sido essa parceria?
Resp. Obrigado. Bom saber que gostou da banda. Sobre a gravadora, eu confesso que essa foi uma grande preocupação no início: conseguir uma empresa séria aqui no Brasil para trabalhar. Estamos muito felizes com a parceria com a MS Metal Agency.
- Acredito que ela preveja também, o lançamento de um novo álbum. Isso já foi conversado?
Resp. ainda não falamos sobre um segundo album pois o lançamento do primeiro está recente e pretendemos trabalhar forte o Gate of GaiaBeta. Será a boa divulgação dele que nos abrirá portas e estimulará a produção de um segundo album. Eu não paro de compor. Já tenho 5 novas canções porém, só pretendo lançar um segundo album quando perceber que o público/mercado pede um novo album.
- Recebemos a versão digital de “Gate of GaiaBeta”, e o material ficou ótimo. Qual a importância das mídias digitais para os membros da banda?
Resp. As mídias digitais fazem parte do novo direcionamento do mercado e todo artista deve se adequar a ele. Com o Gaiabeta não é diferente mas somos da época do vinil, da fita cassete, então ainda temos muito amor por essas mídias, inclusive, vou providenciar a versão física do album para vocês, pois essa versão tem 3 músicas a mais fazendo o album realmente ficar poderoso.
- “Get Your Freedom” é uma música direta, mas acredito que ela se enquadre mais dentro do Heavy Metal Tradicional. Vocês também entendem desta forma?
Resp. Sim. Perfeita observação. Confesso que esse album foi criteriosamente elaborado. As canções que o compõem foram estrategicamente escolhidas. Temos canções rápidas, arrastadas, mistas, com variações vocais, faixas longas e curtas... e Get your Freedom se encaixa perfeitamente nessa característica. Quando Kitaro me apresentou ela, não tive dúvidas q deveria entrar no album, pois ela é uma legitima canção de Heavy Metal Tradicional com a energia dos dois bumbos que nós gostamos tanto. Comecei imediatamente a escrever a letra e dias depois apresentei ela cantada e disse: “ficou linda. Vai entrar no album”. Ele se assustou porque achou q ele ficaria guardada para o segundo album (risos).
- A língua inglesa foi utilizada nas letras do álbum. Por qual razão escolheram por esta opção? Vocês não acham que isso será um problema para ser aceito no Brasil?
Resp. O Heavy Metal e todas as suas vertentes têm evoluído muito ao longo das décadas sendo cantado em diferentes idiomas mas inicialmente era cantado em inglês, sem contar que fazemos um som que se encaixa mais no gosto do gringo do que do público brasileiro então a escolha da língua inglesa foi algo natural. Mas tenho planos de gravar futuramente uma faixa-teste em língua portuguesa.
- A produção do álbum ficou com a própria banda? Porque não optaram por contratar um produtor de fora?
Resp. Bom, somos uma banda “pés no chão”. Investir muita grana oriunda de recursos próprios para tal empreitada seria um risco que não poderíamos correr, nem tínhamos condições de fazer, então aderimos ao lema “FAÇA VOCÊ MESMO” (Do it yourself) e deu certo!
- “Hands of Revenge” foi a faixa que mais gostei no trabalho de vocês. O que vocês podem falar sobre ela?
Resp. Obrigado. Bom, o riff inicial dela me veio à cabeça enquanto estava de motocicleta parado em um semáforo. Assim que pude, parei, solfejei e passei semanas tentando compor algo onde pudesse usá-lo como o “motivo condutor” (leitmotiv) da canção. Sempre admirei a maestria com que os compositores clássicos utilizam esse elemento em suas obras. Acho que consegui isso em Hands. Ficou até meio que hipnótico. (Risos)
-” Chains of the Ghosts” é outro ponto alto com influências diversas. Como se deu o processo de composição desta faixa?
Resp. A parte inicial da canção inicialmente era rápida. Então, resolvi dar um “susto rítmico” no ouvinte e fazer a bateria contrariar o obvio e fazê-la ficar arrastada. A letra veio da influência de leituras e filmes com temas sobrenaturais.
- Já a letra de “Second Flame”, foi a que mais me prendeu. Por causa dela, escutei essa faixa por diversas vezes pra pescar referências. Qual a importância que vocês enxergam em temas fantasiosos inseridos em obras musicais atualmente?
Resp. Second Flame foi minha primeira composição mas faltava a introdução (que me veio num sonho em 2017). Acordei rápido, solfejei e pela manhã distribuí nos instrumentos. Encaixou perfeitamente no rascunho de letra que escrevi influenciada na lenda grega de Jasão e os Argonautas e um filme antigo de Simbad. Finalizei ambos e nasceu SECOND FLAME.
- Parabéns pelo trabalho, esperamos vê-los em muito breve...
Resp. Muito obrigado pelo espaço. Agradeço em nome de toda a banda.

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