Entrevista - Tropa de Shock
- Grata surpresa conhecer a TROPA DE SHOCK, através da sua atual gravadora no Brasil. Como tem sido essa parceria?
TS - Estamos com a MS Metal Records desde 2007,e de lá pra cá, produzimos 5 álbuns: Immortal Rage (2013), Inside the Madness (2015), Quantum (2017), Circle of Spells (2021), e Four Seasons of Darkness (2025). Então a parceria tem sido muito produtiva, porque além de selo, temos amigos, em especial o Edu Macedo.
- Acredito que ela preveja também, o lançamento de novos álbuns. Isso já foi conversado?
TS - Sim eles tem lançado nossos álbuns desde 2007, sendo o 12° álbum "Four Seasons of Darkness", lançado agora dia 4 Julho.
- Recebemos a versão digital do “Four Seasons of Darkness”, e o material ficou ótimo. Qual a importância das mídias digitais para os membros da banda?
TS - Nós pessoalmente preferimos o material físico, mas o mercado hoje é outro, pois o digital alcança uma variedade maior de mercado, fazendo que muito mais pessoas possam conhecer os trabalhos das bandas, mais que é gostoso abrir um cd é.
- “Virus of Fall” é um material direto, mas acredito que ele se enquadre mais dentro do Heavy Metal Tradicional. Vocês também entendem desta forma?
TS - Sim, até porque o Tropa de Shock em sua essência é uma banda de heavy metal, neste novo trabalho arriscamos trilhar novas formas de compor, e nosso time Don, Kelson Lee, Gabriel Giácomo, Edy Xavier e o Márcio Minetto abraçaram totalmente a ideia de ousar usando elementos do metal moderno com o tradicional,resultando o Four Seasons of Darkness.
- A língua inglesa foi utilizada nas letras do álbum. Por qual razão escolheram por esta opção? Vocês não acham que isso será um problema para ser aceito no Brasil?
TS - Nosso primeiro disco foi lançado em vinil no ano de 1990 com o título "Fragmentos", pelo selo BMG Arriola, foi todo em português, trabalhamos muito esse disco, tvs, rádios, revistas e muitos shows é claro, mas queríamos mais, atingir outros públicos, então resolvemos gravar na língua inglesa que é usada no mundo todo, o primeiro trabalho foi o álbum intitulado "Angels of Eternity" de 1997, dai pra frente com a ótima aceitação de outros países, continuamos a compor em inglês. Hoje temos o público aqui do nosso Brasil e o publico internacional.
- A produção do material ficou com a própria banda? Porque não optaram por contratar um produtor de fora?
TS - Sim foi banda que sempre assumiu a produção dos nossos trabalhos, talvez por ter mais controle do que estava sendo feito, e com conhecimento adquirido nas tours, não vimos necessidade até então de um produtor, para um próximo álbum quem sabe, pois um produtor gringo hoje é bem caro. Mas se houver uma oportunidade ela será bem-vinda.
- “New Era City” foi a faixa que mais gostei no trabalho de vocês. O que vocês podem falar sobre ela?
TS - Ela faz parte do conceito do cd que fala a respeito da vingança de Gaia, New era é o nome da cidade construída pelos homens para se proteger das quatro estações sombrias que Gaia lança sobre si mesma, agressiva e rápida conferindo ao ritmo uma sensação de batalha, lá dentro os homens constroem um ser Sintético que carrega todas as A.I. do mundo dentro de si, o que lhe confere o poder de se comunicar com Gaia e intervir o destino dos homens, a linha da harmonia é bem agressiva e rápida levando o ouvinte a sensação de uma batalha alucinante, os vocais são agressivos e cortantes mostrando o pavor dos humanos nesta fronteira final.
- ”Lazarus: The Final Code” é outro ponto alto com influências diversas. Como se deu o processo de composição desta faixa?
TS - A ideia a princípio era compor algo que passasse a sensação de medo tristeza e clemência, nesta canção o protagonista é Lázarus (o ser sintético), que implora para Gaia o perdão para a humanidade que não viu o mal que fizeram ao planeta, levando tudo a quase extinção, para isso fomos construindo climas que dessem essa idéia, o Márcio (batera) e o Kelson (guitarra), se inspiraram em muitos elementos musicais, entre velocidade, temas dedilhados, riffs cortantes de outros estilos de metal pesado, misturando tudo até chegar no resultado final,que acabou ficando muito dentro do que pretendíamos passar.
- Já a letra de “Hellfire on Earth”, foi a que mais me prendeu. Por causa dela, escutei essa faixa por diversas vezes pra pescar referências. Vocês são fãs de filmes e literatura? Essa faixa está conectada com a alguma franquia de filmes ou títulos literários?
TS - Bom eu sempre gostei de conceitos, quando já tínhamos as harmonias comecei a imaginar uma realidade no ano de 3099, eu sempre li muito e sempre assisti muita coisa, o Four seasons tem algo dos 4 cavaleiros do Apocalipse , misturado com o Inferno de Dante, Blade Runner e por ai vai, no caso da Hellfire, ela se refere a estação do verão (estação do fogo), onde Gaia tenta transformar a terra num inferno, As chamas se erguerão, e o grande fim está aqui. A estação do fogo, a hora do medo.Nenhum lugar... para se esconder, As chamas decidirão.assim como no Inferno de Dante, não há como se esconder, os pecados contra Gaia serão cobrados,e assim é As quatro estações sombrias.
- Parabéns pelo trabalho, esperamos vê-los em muito breve...
TS - Mais uma vez agradecemos pelo espaço cedido por vocês do Avalanche Musical, agradecer o suporte de nossa gravadora nossos fãs e os novos que virão, ao redor do mundo, não esqueçam de vir conhecer nosso trabalho em nossas redes sociais.
Up the Tropas...

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