Entrevista - Radicitus
- Grata surpresa conhecer a RADICITUS, através da sua atual gravadora no Brasil. Como tem sido essa parceria?
R: Muito obrigado! Tem sido ótima e muito frutífera, temos trabalhado muito com a MS e muitos projetos estão em andamento.
- Acredito que ela preveja também, o lançamento de um novo álbum. Isso já foi conversado?
R: Sim, já foi conversado e está em nossos planos futuros sim! No momento, temos um EP lançado e singles, e já estamos planejando alguns detalhes de um disco de estúdio.
- Recebemos a versão digital do “Back to Black”, e o material ficou ótimo. Qual a importância das mídias digitais para os membros da banda?
R: As mídias digitais são a principal forma de se consumir música nos dias de hoje, o streaming é uma tecnologia que veio pra ficar e acredito que para nós, a importância de se estar nas mídias é justamente se adaptar ao mercado fonográfico atual.
Além disso, com os streamings, a música chega mais rápido em qualquer lugar do mundo, o que é uma grande vantagem para o artista, que tem uma forma mais rápida e dinâmica de divulgar seu trabalho. Mas na banda, nós adoramos a mídia física, somos aficionados por discos de vinil e CDs.
- “Peer” é um material direto, mas acredito que ele se enquadre mais dentro do Alternative Rock. Vocês também entendem desta forma?
R: Sim! Apesar de não sermos muito adeptos a rótulos, nossa música e nossas influências são oriundas do rock alternativo, especialmente do grunge dos anos 90. Nós fazemos uma mescla do grunge com o rock clássico dos anos 60 e 70 em nossas canções.
Quanto a “Peer”, além dessas inspirações, nós buscamos muitos elementos da música oriental, especialmente da música árabe e indiana que são muito ricas. Mas voltando a pergunta, o arranjo dela é bem característico do rock alternativo, especialmente do grunge, então nós enxergamos dessa maneira sim.
- A língua inglesa foi utilizada nas letras dos Singles. Por qual razão escolheram por esta opção? Vocês não acham que isso será um problema para ser aceito no Brasil?
R: Escolhemos essa opção por facilitar a distribuição e a aceitação das nossas músicas em outros países, sem que houvesse barreira idiomática para ouvintes de fora do Brasil e nós também gostamos muito de compor em inglês.
Não acreditamos ser um problema no Brasil pois nosso país tem diversas bandas que compõem em inglês, tanto antigas quanto atuais, como por exemplo o Sepultura, Hurricanes, Crypta etc, então o público brasileiro já está habituado com o inglês presente em músicas de rock/heavy metal.
- A produção dos Singles ficou com a própria banda? Porque não optaram por contratar um produtor de fora?
R: Nós auxiliamos na produção e tivemos voz ativa durante todo o processo de produção, mas quem ficou a cargo da produção do nosso EP de estreia, o “Morphing” e do nosso single de “Back To Black”, foi o Gerson Lima, que já trabalha com a gente a um tempo.
Já o single de “Peer”, quem produziu foi o Maurício Cajueiro, um produtor de Campinas que já trabalhou com grandes nomes da música nacional e internacional como: Ivan Lins, Zélia Duncan, Steve Vai, Glenn Hughes etc, foi uma grande honra trabalhar com ele. Ambos entendem a nossa sonoridade, captam nossas influências e sabem jogar os resultados no trabalho final, são excelentes produtores.
- “Misery Blues” foi a faixa que mais gostei no trabalho de vocês. O que vocês podem falar sobre ela?
R: Obrigado. Essa faixa ela foi nosso primeiro single lançado em 2023, o primeiro da nossa carreira, e ela é um exemplo perfeito da soma das nossas influências conforme eu explicitei acima. Ela é um blues mais sujo, então casa bem a influência de rock clássico dos anos 60/70, com o grunge.
É uma música que temos tocado sempre nos shows, não pode faltar e a letra dela aborda o tema do conformismo, da desilusão, falsidade etc, ela fala bem sobre esses sentimentos e tem nossas principais influências ali. É uma música que nos enche de orgulho.
- ”Come Inside Me” é outro ponto alto com influências diversas. Como se deu o processo de composição desta faixa?
R: “Come Inside Me” surgiu quando estávamos compondo o que viriam a ser as músicas do nosso EP de estreia. Na Radicitus, nós gostamos de compor em partes: alguém traz uma linha de baixo, um riff, uma letra, enfim, e aí vamos juntando com outras ideias e a música vai ganhando forma.
Com essa não foi diferente, ela surgiu durante os ensaios que fazemos pra compor e foi vindo de forma natural, tudo foi saindo e a música veio. Ela carrega bastante inspiração do rock setentista e aquela crueza típica do grunge, nós adicionamos uma linha de baixo bem vibrante nela também.
- Já a letra de “On the Line”, foi a que mais me prendeu. Por causa dela, escutei essa faixa por diversas vezes pra pescar referências. Vocês são fãs de filmes e literatura? Essa faixa está conectada com a alguma franquia de filmes ou títulos literários?
R: Somos fãs sim. Gostamos muito e em algumas situações, adicionamos essas referências em nossos materiais. Não foi o caso de “On The Line”, essa música fala sobre inveja e aquela atitude de algumas pessoas de precisarem subir nos outros para ser alguém, mas “Peer” por exemplo, conta no final com algumas citações de livros de pensadores e autores famosos da literatura mundial como Nietzsche e Oscar Wilde, é algo que gostamos muito.
- Parabéns pelo trabalho, esperamos vê-los em muito breve...
R: Nós que agradecemos o espaço e a oportunidade!

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