Entrevista - Rafael Milhomem

 

- Grata surpresa conhecer a sua carreira solo RAFAEL MILHOMEM, através da sua atual agência no Brasil. Como tem sido essa parceria?

Olá! Obrigado pela oportunidade de falar um pouco sobre meu trabalho musical. Bom…ainda estamos no início dos trabalhos, tem muito chão pela frente, então não consegui avaliar com segurança. Mas estou aqui falando com vocês, então é um bom sinal.

- Acredito que ela preveja também, o lançamento de um novo álbum. Isso já foi conversado?

Falamos muito pouco sobre essa parte. Eu sei que a agência trabalha em parceria com o artista. Pelo que me disseram, a agência entraria com uma espécie de sociedade no álbum, arcando com alguma parcela dos custos de produção do álbum.

Já tenho composições prontas para um álbum full lenght, mas irei estudar as melhores propostas.

- Recebemos a versão em digital do “Steep Price”, e o material ficou ótimo. Qual a importância das mídias digitais para você?

Eu sou da época em que se ouvia as músicas acompanhando com o encarte em mãos. Isso se perdeu com a mídia digital. É tudo muito corrido, por exemplo, no meu caso, o hora onde mais ouço música é quando estou no trânsito. Entendo que o mercado mudou e que o digital domina. Além disso, o digital chega mais rapidamente no seu fan. É mais acessível. Então é uma questão de se adaptar.

- “Steep Price” é um material complexo, mas acredito que ele se enquadre mais dentro do Power/Progressivo. Você também entende desta forma?

Essa questão de rótulo é bem complicada. Em muitos casos, varia de acordo com a percepção do ouvinte. O progmetal para mim está mais associado à mudanças bruscas de compassos, ritmos complexos, misturas de gêneros musicais. Um bom exemplo seria Dreams Theater. Pensando nisso eu tendo a me classificar como Power folk metal, rsrsrsrs porque utilizo alguns elementos da cultura brasileira como: pandeiro, cavaquinho…sei lá kkkkk vou deixar par o público escolher como quer rotular rsrsrs.

- Foi confirmada a sua ida para a Europa com seu outro projeto. Existe planos para trabalhar “Steep Price” por lá também?

Será uma mini tour europeia. Ainda estamos tentando fechar mais datas. Dezembro não é uma época muito propícia para eventos, mas estamos aí! É um momento mais da banda Barok-Projekto, então não haverá Steep Price lá, não dessa vez.

- A produção ficou com a sua assinatura. Porque não optou por contratar um produtor de fora?

O single foi feito aos poucos, no meu tempo e com recursos próprios. Gravei todos os instrumentos e tal. Um produtor de fora geralmente é mais caro e eu não queria gastar muito em um trampo que era um teste, afinal, eu nunca havia cantado solo. Em contrapartida, o Geovani Maia é meu amigo e um ótimo produtor, então foi a melhor e mais viável opção.

- Qual a mensagem central em Steep Price”? O que você pode falar sobre ela?

Estamos passando por um momento bem delicado. Muita seca, queimadas, poluição…e Steep Price aborda a questão da urgência climática. Precisamos nos conscientizar da importância em preservar o meio ambiente do contrário, cada ano será mais difícil viver nesse planeta. Pode chegar ao ponto de ficar insustentável viver aqui. Me inspirei na série The Hundreds. Tem um pouco de ficção nesse single? Tem! Mas é fato. Este planeta está cada vez mais quente e poluído, mas ainda há tempo para reverter essa situação.

- Steep Price traz elementos de música africana. Como se deu o processo de composição desta faixa?

O single traz muitas vertentes, muitos elementos variados. Tem uma pegada meio celta, com o uso da tin whistle, mas tem os elementos afro-brasileiros como pandeiro, cavaquinho, congas, caxixi… e não podia faltar o metal, é claro. Enfim…muita mistura, mas eu ainda quero experimentar mais. Nos próximos trabalhos quero experimentar outras sonoridades, mas sempre com o metal como fio condutor.

- Escutei essa faixa por diversas vezes pra pescar referências. Você é fãs de literatura de fantasia? Essa faixa está conectada com alguma referência literária?

Sou muito fã de Senhor dos Anéis; O Hobbit; As Brumas de Avalon etc. Mas como já havia mencionado, essa faixa foi inspirada, pelo menos liricamente falando, na série.

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