Entrevista - Vesperaseth


- Grata surpresa conhecer a VESPERASETH, através da sua atual gravadora no Brasil. Como
tem sido essa parceria?

Naamã: Estamos em fase de divulgação do nosso segundo álbum “Nebro” que foi gravado e produzido de forma totalmente independente pela banda, a parceria com a MS tem sido de extrema importância na distribuição desse material para as mídias especializadas, isso nos permitiu receber ótimas resenhas e nos abriu muitas oportunidades, como a dessa entrevista. Somos muito gratos por isso.

- Acredito que ela preveja também, o lançamento de um novo álbum. Isso já foi conversado?

Leandro: Certamente. Falamos brevemente sobre. Como ainda estamos em uma fase inicial do novo álbum, voltaremos a falar no futuro. Nosso foco agora são as novas composições.

- Recebemos a versão em CD do “Nebro”, e o material ficou ótimo. Qual a importância das mídias físicas para os membros da banda? 

Leandro: A composição de um disco exige muito trabalho e dedicação. A mídia física é a materialização desse esforço

- “Nebro” é um material complexo, mas acredito que ele se enquadre mais dentro do Progressivo. Vocês também entendem desta forma? 

Thiago: Embora “Nebro” possa transmitir uma sensação de complexidade, não foi nosso objetivo o tratar como um trabalho progressivo. Temos apreciadores do gẼnero na banda mas não era o intenção. Nossa principal motivação foi buscar algo novo e desafiador saindo um pouco do padrão. Cada música foi o resultado de muitas horas de prática e dedicação em busca

de inovação e superação.

- A língua portuguesa foi utilizada nas letras do álbum. Por qual razão escolheram por esta opção? Vocês não acham que isso será um problema para “Nebro” ser aceito no exterior?

Eric: Justamente por não ser algo tão comum,apesar de causar alguma confusão de início pra quem nunca ouviu a Vesperaseth,logo as pessoas começam a gostar da ideia e até ajudam em alguns trechos das músicas.Sobre o exterior acreditamos que não será um problema até mesmo pelo instrumental que pode acabar trazendo a curiosidade do ouvinte a procurar entender a letra.

- A produção ficou com a própria banda. Porque não optaram por contratar um produtor de fora? 

Eric: O processo de produção do “Nebro” foi um processo bem diferente do convencional porque foi feito durante a pandemia.Todo processo de criação foi feita via Whatsapp,onde eram feitas algumas guias e discutido até todos concordarem com a ideia da música. Como nosso guitarrista Thiago ja tem esse conhecimento de produção,nós optamos por ele produzir o álbum e ele o fez muito bem! 

- “Asphodel” foi a faixa que mais gostei no trabalho de vocês. O que vocês podem falar sobre ela? 

Naamã: A flor Asphodel está diretamente ligada com os mitos de Perséfone e Hades, numa das versões desse mito, Perséfone estava em um campo de Asphodel quando foi seduzida e raptada por Hades e levada ao submundo. Partindo dessa premissa no imaginário de “Nebro” vemos as estrelas como as flores desse mito, que nos seduzem a olhar pro céu noturno e atravessar seus véus negros rumo aos mistérios do abismo cósmico.

- Abdul Alhazred” é outro ponto alto com passagens de música do oriente. Como se deu o processo de composição desta faixa? 

Naamã: Thiago (Guitarrista e produtor) foi quem trouxe a ideia inicial dessa música, depois disso começamos a trabalhar juntos na composição, e como já tínhamos em mente que o álbum seria parcialmente voltado ao trabalho de H.P Lovecraft, pensamos em usar influências árabes misturado com o Groove para contar a história do árabe louco,. escritor do infame Necronomicon.

- Já a letra de "Necronomicon: O Livro dos Nomes Mortos”, foi a que mais me prendeu. Por causa dela, escutei essa faixa por diversas vezes pra pescar referências. Vocês são fãs de filmes de horror? Essa faixa está conectada com a franquia de filmes “Uma Noite Alucinante”? 

Naamã: Certamente livros e filmes de terror, suspense e fantasia sombria servem de inspiração para nossas músicas, Adoro os filmes “Uma noite alucinante” assim como a série, e também os remakes, porém na verdade tanto os filmes quanto nós, nos baseamos no universo no universo de H.P Lovecraft. Dentro de seu imaginário “Necronomicon o livro dos nomes mortos” é um livro proibido com poderes inenarráveis que concede ao seu portador acesso a rituais ancestrais que podem abrir portais cósmicos e invocar seres de outra realidade. 

- Parabéns pelo trabalho, esperamos vê-los em muito breve…

Naamã: Agradecemos imensamente a oportunidade dessa entrevista, esperamos vê-los em nossos shows algum dia. Nos siga nas redes sociais para ficar por dentro das novidades.

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