Entrevista - Quantum Noctem

 

- Finalmente um álbum que traduz com exatidão o real sentido de se fazer Metal Progressivo no Brasil, parabéns...

Obrigado! Esse reconhecimento é muito importante. Ficamos gratos pelo reconhecimento.

- Contem-nos como foi o processo de produção de “Utopia”. Imagino que deu um trabalho danado.

Nosso processo é bem simples na verdade. Nós fixamos alguma ideia rítmica e testamos algumas ideias de riffs e harmonias... Aquilo que fica bom a gente já grava pra valer e vamos fazendo isso em todas as músicas.

- A mixagem e masterização foram também executadas pela própria banda. Vocês não chegaram a cogitar fazer este trabalho no exterior?

Não cogitamos fazer nada além daquilo que havíamos decidido. No fim foi um processo que nos deu vários pontos e aspectos de melhoria e isso já nos abre outros leques e oportunidades pra explorar no futuro próximo.

- A arte da capa é excelente, e foi assinada pelo João Duarte. Você acredita que ela traduz bem o que o fã vai escutar no álbum?

Com certeza! Quando passamos a ideia e conceito do álbum para o João, não demorou muito pra ele retornar com um resultado quase que finalizado da arte.

- “Lack of Justice (Eletric Charge)” faz uso de muitas percussões. Presumo que beberam das fontes de bandas como Angra e Sepultura, estou certo?

Na verdade, não... kkkkk... É óbvio que esses gigantes já usaram muitos elementos e qualquer tentativa vai remeter a uma provável inspiração e talvez até tenha sido indiretamente ou inconscientemente. A verdade é que precisávamos de algum elemento que tornasse a música diferente das demais e ao mesmo tempo complementasse a ideia e conceito da música. Testamos vários sons e elementos e as percussões se encaixaram melhor.

- Já “Time Machine” é mais moderna e traz vocais imprevisíveis. Parabéns pelo resultado obtido nela, presumo que tenha sido um baita desafio escrevê-la. Concordam?

Obrigado. É uma das nossas favoritas. Como eu disse antes, a parte instrumental flui de uma forma muito natural pra gente. A parte de gravar de forma definitiva, por exigir maior precisão e “limpeza” do som, é sempre a parte mais trabalhosa. Já em relação aos vocais, fica tudo mais fácil quando você tem um cara incrível como o Victor responsável pelas letras e melodias.

- “Bleed Like a Hero” tem uma letra que me pegou. Realmente excelente e, provavelmente, a melhor de todo o material! Então, como vocês a analisam?

Ela foi uma das primeiras músicas que fizemos. Tentamos algo diferente do que geralmente é feito sem nos prendermos a um estilo específico (assim como fizemos com todo o álbum). Todas as letras foram feitas pensando em causar algum tipo de impacto e junto com o instrumental conseguem ainda mais esse impulso e alcance.

- A aceitação de “Utopia” está sendo incrível. Por onde ouço falar, sempre são considerações positivas. Vocês têm sentido isso também?

Sim. Na verdade, tem sido até mais do que esperávamos. Sabíamos que tínhamos feito um trabalho bom e com qualidade, mas não sabíamos que a nossa forma de executar seria tão bem aceita.

- Como atualmente vocês estão em uma grande gravadora, a banda pensa em lançar “Utopia” no formato físico?

Mantemos nossa mente aberta para qualquer oportunidade. Num primeiro momento foi mais viável pra gente o lançamento apenas em streaming.

- Obrigado pelo tempo da banda e reitero meus parabéns pelo lançamento de “Utopia”...

Agradecemos a oportunidade e obrigado pelo espaço disponibilizado.

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